sexta-feira, dezembro 8, 2023
CuriosidadeSaúde da mulher

Absorvente interno – Veja o perigo que ele trás

Se você gosta da praticidade e da discrição do absorvente interno, saiba que precisa ficar atenta a uma grave complicação de saúde que, apesar de rara, possui relação direta com o uso do regular produto: a Síndrome do Choque Tóxico.

O que é Síndrome do Choque Tóxico?
Causada por toxinas produzidas pela bactéria Staphylococcus aureus, a Síndrome do Choque Tóxico (SCT) é uma doença rara, porém muito séria, que pode levar a complicações e até à morte.

A Staphylococcus aureus é uma bactéria que existe normalmente no corpo da mulher, mas quando sua proliferação é intensa, toxinas são produzidas em excesso, causando a SCT. E justamente o uso prolongado de absorvente interno favorece essa rápida multiplicação.

Manifestada quase exclusivamente em mulheres, a SCT foi primeiramente relacionada ao uso dos absorventes internos antigos, que tinham alta absorção e eram feitos de material sintético, mas hoje já se sabe que pode ser causada também por outros fatores, como exposição a bactérias no ambiente hospitalar.

Sintomas de Síndrome do Choque Tóxico

Os sintomas de SCT aparecem de forma súbita e depois evoluem para manifestações mais graves. Inicialmente, a paciente pode apresentar sinais como:

  • Febre alta
  • Dor de cabeça
  • Dor de garganta
  • Olhos avermelhados
  • Cansaço extremo
  • Confusão e tontura
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Erupção cutânea em todo o corpo

Cerca de 48 horas após os sintomas iniciais, a pessoa pode entrar em estado de choque. Entre o 3º e 7º dia, a pele das palmas das mãos e plantas do pé se soltam. A infecção atinge órgãos vitais e evolui muito rapidamente.

Além de anemia, o choque tóxico provoca lesões nos rins, fígados e músculos, podendo levar à insuficiência destes órgãos, amputação de membros e à morte.

Síndrome do Choque Tóxico: causas e tratamento

As causas exatas da Síndrome do Choque Tóxico não são completamente conhecidas, mas é estabelecido que o absorvente íntimo de grande capacidade e de uso prolongado serviria de meio para a propagação da bactéria responsável pela doença.

Vale saber ainda que o tempo de uso do absorvente interno é o maior fator de risco do problema, pois o acúmulo de sangue retido nas fibras favorece lesões no canal e proliferação de bactérias. A recomendação, portanto, é que a troca do tampão seja feita a cada quatro horas, já que o clima tropical do Brasil também favorece o aumento de bactérias.

O diagnóstico da Síndrome do Choque Tóxico nem sempre é fácil de ser obtido, já que os sintomas iniciais são parecidos com os de muitas outras doenças comuns. No entanto, em caso de suspeita, a pessoa deve ser hospitalizada imediatamente.

O tratamento deve ser realizado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com uso de antibióticos por, no mínimo, 10 dias. É possível ainda que a mulher precise passar por uma drenagem no foco da infecção e, em alguns casos, por uma cirurgia para a remoção do tecido morto do local.

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